Cruel dúvida, Se bebo aos poucos teu líquido
Para ter prestações de sorrisos;
Ou se bebo tudo de uma vez, e embriagado,
No ápice de sensações,
Ficar na esperança de um mesmo engradado a ser reposto após os meus sonhos.
Tais eles, deste naipe...
BALANÇAR DA REDE
Em minha rede ela não estava,
E lá estava ela na minha rede...
E lá estava ela na minha rede...
Meus pés tocando uma de suas orelhas,
Os dela no meu peito;
Orelha quente e pés gelados, segundo ela.
Trocando qualquer palavra sem sentido,
Qualquer mesmo!
Só de pretexto para os alises e os carinhos.
Música não tínhamos...
Mas tínhamos chuva.
Há coisa melhor?
Cheirinho de chuva,
Barulho de chuva,
CHUVA...
Que nos permitiu o nobre silêncio
Para nos enxergar mais enfaticamente.
Que foi quebrado pelos “tracs” do balançar.
Mesmo no escuro,
Mesmo inseguros,
Ficaria ali até o tempo de sairmos.
Sairia dalí no tempo de não ficarmos mais...
Um tempo não contado em nossos relógios.
Uma sede que não é matada.
Em minha rede ela não estava,
E lá estava ela na minha rede...